Como escrevi em meu primeiro relato como Meu primeiro e único amor, ficamos 14 anos sem notícias e nesse período não nos encontramos e perdemos totalmente o contato. Então fomos cada um viver suas vidas. A princípio foi muito estranho seguir sozinho pois já estava acostumado em ter Armando ao meu lado. Então tive de começar do início e completamente sozinho. Minhas historias referente a esse recomeço deixo para contar depois, agora vamos para meu reencontro.
Já em meados de Dezembro em meio às compras de final de ano, estava voltando para casa, que nessa época já morava sozinho, e passando perto da antiga casa de Armando eu o encontro saindo de um restaurante, a principio pensei ser uma pessoa parecida mais depois de uma troca de olhares percebemos, já que ele estava pensando a mesma coisa, que realmente estávamos frente e frente. Após um aperto de mão e trocas de olhares resolvemos entrar no restaurante para colocar o papo em dia e saber como estavam nossas vidas.
Armando me deixou a par das novidades e falou de sua profissão, mulher dois filhos e também de seus pais. Como também deixou claro que não teve relacionamento com outro homem. Falei da minha vida, de uma ou outra namorada, tudo sem envolvimento e sim como algo temporário, para acalmar a família. Porém que realmente tinha optado por relacionamento com outros caras.
Mais que também não tive ninguém sério. Mais que minha vida continuou. Esse papo durou muito tempo e depois fiquei sabendo que sua vinda foi por negócios e que ia partir em dois dias. Saímos e depois de um aperto de mão e um forte abraço de despedida, ficamos sem palavras.
Após um breve olhar e sem pensar duas vezes resolvi perguntar se ele aceitaria ir à minha casa. A única coisa que ouvi foi um sim. Seguido de um grande silêncio até chegarmos a casa. Resolvi então e fiz como ele no passado, falei para esperar um pouco e fui para o banheiro. Alguns minutos depois eu o chamei e ao entrar falei que estava sozinho e se ele não queria continuar o que paramos há 14 anos.
Em alguns segundos estávamos de baixo do chuveiro deixando extravasar tudo que estava guardado nesses 14 anos. Pude notar a diferença, pois seu corpo estava mais bonito, ele continuava carinhoso como sempre, mudando apenas pela experiência adquirida nesses anos. E eu ao contrário, que tinha sido mais ativo nesse período, me deixei levar pelos braços como antes.
Na cama ficamos nos acariciando beijando e sentindo o toque de nossos corpos e recordando todo prazer que nossos corpos podiam proporcionar um ao outro. Em determinado momento ele perguntou se ia precisar de camisinha, disse que por minha saúde não pois sempre me preveni.
De seu lado ele disse também que não, pois até aquele momento tinha sido fiel a sua esposa e que não tinha nada. Aquilo foi como uma carta branca de ambos e não esperamos mais. Amamo-nos e muito de todas as formas que conhecíamos e mais alguma que aprendemos.
Amamo-nos duas vezes naquela noite, e aos poucos fomos ficando calados, pois sabíamos que aquilo apesar de muito bom, talvez fosse nossa ultima vez. E cada um com seus pensamentos acabamos dormindo um abraçado ou outro.