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CONTO ERÓTICO

MAX

MAX

Tenho 26 anos, solteiro, universitário, moro com meus pais e irmãos. Me Tornei homossexual aos 17 anos, de maneira e motivos que beiram o sobrenatural por isso não vou contar aqui. 
Pratico cooper há mais de dez anos de forma esporádica, e me relaciono após as corridas. Uma vez encontrei alguém diferente, quando fui correr na pista da quadra localizada no bairro onde moro. 
Acordei de manhã e vi que ia ser mais um dia de sol maravilhoso. Ao chegar à quadra eu o vi correndo na pista, ele tinha lindos cabelos longos, olhos inchados, bigode tipo mexicano Miguel Hidalgo. Seus braços eram escuros e com muitas tatuagens. 
Seu nome era Max, o que fui saber depois. Seu peito era vermelho, consumido pelo "cachimbo da paz". Corria com destreza, olhos cerrados sem sair da pista, guiado pelas vozes dos campos. Sempre com a cabeça erguida para o céu. Lindo.
Como de costume corri duas horas sem parar, depois sentei diante do banco à beira da pista onde ele estava. Percebi que seus braços tremiam, ele contou ser efeito dos antibióticos que tomou no hospital após um acidente de moto. 
Disse que também tomei remédios, que me deixaram em estado vegetativo por mais de três anos. Perguntei onde Max morava. Enquanto filosofava, ele me dizia: "Eu não tenho casa. A vida não é assim, meu irmão..."
Em certo momento parei de falar, e olhou-me fixamente. 
-Jamais vi um cara correr durante tanto tempo.
-Também nunca vi ninguém correndo de olho fechado.
Sem dizer mais nada caminhei para um terreno baldio próximo. Escondido atrás do mato Max veio atrás, eu já estava com o calção arreado. Botou o palhaço, e senti muita dor, gemendo baixo. 
À medida que seu pau mexia, a dor se transformava, e comecei a sentir o drama. Não podia agüentar, ele dizia que se eu gritasse ia me dar porrada. Engoli seu gozo, depois ele saiu altivo e eu o segui me arrastando.
Sentamos no banco e continuamos conversar. Depois Max foi embora, enquanto o acompanhava de longe. Acelerei os passos e cheguei junto dele.
- Até onde você vai me seguir? 
O sol atravessava o ponto máximo. Max entrou em casa e vi seu irmão dizer:
-Encontrou um companheiro, Max?
Depois apareceu a prima dele, no portão. Quando a vi corri para a quadra, mais rápido que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais inteligente que um asno.
No outro dia transei com Max de novo. Nos dias seguintes estávamos correndo juntos, e distâncias sempre maiores, o gozo dele era forte como lubrificante Havoline. 
Uma vez fui correr de madrugada. Parei no centro da quadra. Max veio, com tanta força que comecei a derreter, e me consumiu até me dissolver numa poça de suor e lágrimas. No lugar nasceu a flor negra de Lótus Quina, que jamais vai murchar mesmo com o sol, chuva, frio, todo o tempo ruim.    
          

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